O Méliuz apresentou seus resultados do terceiro trimestre de 2025 e, pelo visto, a empresa teve um desempenho bastante positivo. Com uma receita líquida de R$ 123,7 milhões, esse é um recorde na história da companhia, marcando um crescimento de 37% em relação aos R$ 90,3 milhões do mesmo período no ano passado. Ao todo, a receita nos últimos 12 meses somou R$ 426,6 milhões, um avanço de 18% em comparação ao período anterior.
Quando o assunto é rentabilidade, o EBITDA consolidado também chamou atenção, alcançando R$ 26,5 milhões no 3T25. Esse número é impressionante, já que representa um aumento de 258% em relação aos R$ 7,4 milhões do 3T24. Se considerarmos a visão ajustada, o EBITDA foi de R$ 27,6 milhões — um crescimento de 126% em relação ao ano anterior. A margem EBITDA, que é um indicativo de eficiência, chegou a 21,4%, comparada a 8,2% no mesmo período de 2024, o que é um novo recorde para a empresa.
Além disso, o lucro líquido consolidado atingiu R$ 15,3 milhões, apresentando um aumento de 12% em relação ao ano passado. Para quem não está muito por dentro, o Méliuz opera como uma companhia de tesouraria em Bitcoin. No final do trimestre, eles possuíam 604,7 bitcoins, avaliados em aproximadamente R$ 366,7 milhões — um crescimento de cerca de 5% desde o trimestre anterior. A ideia é acumular esses ativos em Bitcoin usando o caixa gerado pela operação, sem recorrer a alavancagens.
O CEO da empresa, Gabriel Loures, se mostrou otimista. Ele mencionou que, apesar dos resultados sólidos, o preço das ações ainda não reflete completamente a evolução do negócio e a estratégia de se posicionar como uma robusta Bitcoin Treasury Company. Loures acredita firmemente que o Méliuz está no caminho certo para se tornar a maior plataforma de fidelidade no Brasil e uma das Bitcoin Treasury Companies mais eficientes globalmente.
Destaques por Segmento
Um ponto que se destacou foi o setor de Shopping Brasil, que atingiu uma receita de R$ 98,2 milhões. Isso representa um crescimento de 63% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, e 40% a mais do que no segundo trimestre de 2025. Esse avanço aconteceu devido ao aumento no GMV (valor bruto de mercadorias), um crescimento na taxa de take rate e a inclusão de novas verticais, como programas de fidelidade e publicidade.
Por outro lado, o segmento de Serviços Financeiros enfrentou uma queda de 40%, arrecadando R$ 9,6 milhões, devido a uma renegociação contratual com um parceiro bancário.
Crescimento de Usuários
Em termos de operações e usuários, o Méliuz alcançou a marca de 45,9 milhões de contas em seu terceiro trimestre, o que representa um crescimento de 29% em relação ao mesmo período do ano passado. Além disso, houve um aumento de 64% no número de usuários ativos. Para quem utiliza o aplicativo, ele se destacou ao ocupar a quarta posição entre os aplicativos de compras mais baixados na Play Store, ao final de setembro.
A empresa enfatiza que sua estratégia de crescimento é acelerar sem abrir mão da rentabilidade, cumprindo, assim, com o plano estratégico traçado para 2025.
